
Os trovões daquela noite me cochicharam algo, mas o que era um som baixo ficou alto a cada vez que eu não os ouvia. Os trovões da noite passada não me deixaram sozinha como algumas pessoas. No clima do momento falamos coisas que depois ficamos "seria melhor eu não ter falado" mas o problema não foi esse, foi ninguém responder, foi me deixarem sozinha... acada passo que eu dava era mais um silencio que se espalhava por onde eu passava. Tudo parecia neutro, e calmo demais... mas como dizem "O que vale apena possuir, vale apena esperar" foi apenas eu esperar que a casa não estava mais calma, fazia barulhos que eu gosto, fazia barulhos do meu passado, fazia um barulho que me fez sorrir: Eram os trovões que tanto participaram da minha vida. Muitos não gostam de seus barulhos, mas depois de tantos momentos na vida com eles, acabei apreciando seu barulho que arrepia e que me da alegria. Naquela noite o cheiro da chuva se espalhava pela casa, o frio natural que vinha pela janela me animou, os barulhos dos trovões me lembraram: as ultimas horas que eu passava na casa de praia com a família esperando a vira do ano, ouvíamos os barulhos dos trovões, víamos a paredes ficarem claras por causa dos relâmpagos e usávamos velas para iluminar o local já que faltava energia logo no ultimo dia do ano, jogava baralho com minhas primas, ouvíamos as conversas dos adultos e riamos também... algo que precisaria de muitas linhas para explicar como era bom o momento. E por ultimo, na noite passada vi os raios que iluminaram a casa através das cortinas, deixavam a casa mais... natural, não me lembrou um filme de terror me lembrou uma boate. Os trovões daquela noite me cochicharam algo: nunca estamos sozinhos, porque temos algo que sempre estará com a gente... Nossa memoria.
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